Presidente da Dersa responde a perguntas sobre as obras na Tamoios

As obras na rodovia dos Tamoios começaram em maio. Desde então, quem mora perto ou passa pela rodovia tem várias dúvidas sobre as mudanças que devem acontecer. São dúvidas sobre pedágio, desapropriações e interdições da rodovia.
Em entrevista ao Link Vanguarda, Laurence Casagrande Lourenço, presidente da Dersa, esclareceu alguns pontos.
As obras começaram há pouco mais de um mês. O que está sendo feito, nesse momento, na rodovia?

Estamos com as obras de duplicação entre os quilômetros 11 e 66 da rodovia dos Tamoios. Neste momento, iniciamos as obras naquilo que chamamos de “prioridade 1”, isto é: a limpeza das laterais da pista e a remoção de terra nas regiões onde terá cortes. Para que a rodovia seja encaixada uma nova pista, haverá uma grande movimentação de terra e rochas, tirando-se das partes mais altas da rodovia e removendo este material para as áreas mais baixas. Com isso, a rodovia terá subidas e descidas muito mais suaves. Isto dará mais fluidez ao motorista que a utiliza.

Quando as pessoas passarão a perceber as mudanças na pista?

As pessoas já começaram a perceber as interferências. Hoje, os trabalhos se concentram nos quilômetros 15 e 54. Em breve, as pessoas começarão a perceber escavações onde fica a obra social Rosa Mística (em Jambeiro). Aquela curva muito fechada será aberta. Terá um raio mais aberto de curvatura e, com isso, será mais segura. Na sequência, há alguns trechos de curvas que o traçado também será retificado.

A duplicação vai ser no trecho de planalto, São José dos Campos, Jambeiro, Paraibuna… Mas como melhorar, durante as obras, o trânsito na serra?

Neste período, o acordo de cooperação que foi feito entre a Dersa e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) para duplicação do planalto prevê também o suporte operacional no trecho de serra. Durante o período das obras, haverá uma manutenção especial de pavimentos e sinalização. A rodovia dos Tamoios é uma via interessante. Entre o quilômetro 82, que fica em Caraguatatuba, e o quilômetro 60, nós não temos nenhum acesso. Então, em nenhum momento será necessário interditar a rodovia lá em baixo para evitar que as pessoas fiquem paradas no meio da serra. Por conta disso, haverá uma conserva especial durante o período de obras, que terminará em dezembro de 2013. Vamos acompanhar com serviço de guincho, ambulância e atendimento ao usuário para evitar problemas.

Como ficam as obras em julho, durante o período de férias e que o tráfego aumenta?

Há um cuidado especial não apenas com julho, mas também com os feriados e eventuais momentos em que se tenha aumento de demanda. O momento mais carregado das obras acontece de segunda a quinta-feira, das 10h às 16h. Esses são os momentos em que há menos fluxo na rodovia. Em julho, esse período de trabalhos mais suaves será ampliado justamente para ter menor impacto no trânsito.
Havará cobrança de pedágio?

O projeto conduzido neste momento não prevê a instalação de praça de pedágio na rodovia. Porém, a construção do trecho de serra e dos contornos viários de São Sebastião e Caraguatatuba deve ser feita por meio de uma parceria público-privada. Essa parceria atingirá o planalto. Isso será discutido após o licenciamento ambiental do trecho serra, que tem a conclusão prevista para março do próximo ano. Mas não está previsto, neste momento, a instalação de praça de pedágio.
Como estão as desapropriações das áreas às margens da Tamoios?

Já iniciamos o trabalho de desapropriações. Estimamos que cerca de 250 pequenas glebas de terra serão desapropriadas. A estimativa do decreto de utilidade pública é de que cerca de 177 hectares de desapropriação. Mas essa é uma estimativa maximizada, porque abrange a área máxima. O valor correto só é possível na medida que o técnico entra na propriedade e faz a demarcação. O valor real sempre é inferior aquele do decreto.

Todas pessoas que terão as terras desapropriadas já foram informadas?

O decreto é público e foi publicado. Ele está disponível desde o fim de abril deste ano. Estamos fazendo contato com os proprietários por prioridade. De acordo com o avanço da obra, vai sendo feito o contato. Neste momento, já iniciamos negociações com 25 proprietários, sendo que oito já nos autorizaram a entrada dentro de suas áreas.

Vai haver ciclovia na rodovia dos Tamoios?

Existe a previsão de ciclovia e elas estão concentradas nos trechos próximos a regiões urbanas da rodovia. Ou seja, mais concentradas nas proximidades de Paraibuna. A estimativa é que tenhamos algo em torno de seis a oito quilômetros de ciclovia no trecho planalto.

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