Com o último reajuste da tarifa, de 13,34%, a Ordem dos Economistas de Santa Catarina resolveu olhar pelo retrovisor. Fez o cálculo acumulativo dos aumentos anuais, desde o início da cobrança (2009), um total de 54,6%, e comparou com a variação do índice oficial da inflação, 24,5%, e com o reajuste do salário mínimo, 45,8%, no mesmo período. Nos dois detalhamentos, o aumento do preço do pedágio foi o maior.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), via assessoria, explicou que no cálculo do último reajuste foram incluídos os gastos da concessionária com a transferência da praça de pedágio de Palhoça para Paulo Lopes. O último aumento do pedágio foi autorizado pela ANTT mesmo após manifestação contrária do Tribunal de Contas da União (TCU) referente a reajustes anteriores. Caso a sentença do processo que tramita no tribunal seja contrária aos aumentos, a tarifa poderá diminuir.
A postura considerada passiva da ANTT diante do caso fez com que se transformasse, junto com a Autopista, em objeto de investigação. Para o TCU, os problemas na administração da rodovia teriam ocorrido porque a agência não cumpriu com o papel de fiscalizar e aplicar multas em caso de irregularidades. Segundo as investigações, a situação do órgão se torna ainda mais grave porque teria permitido reajustes da tarifa mesmo sabendo que o edital vem sendo descumprido.
(Jornal de Santa Catarina, 01/04/2013)