A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, no último dia (16/5), a 4ª revisão ordinária, a 3ª revisão extraordinária e o reajuste da tarifa básica de pedágio nas praças da rodovia BR-101/BA/ES, trecho do entroncamento com a BA-698 (acesso a Mucuri/BA) até a divisa ES/RJ, explorado pela concessionária ECO101. As novas tarifas entram em vigor à zero hora do dia 18/5/2017.
A tarifa reajustada para veículos da categoria 1, que começou a valer desde o dia desta Quinta-Feira (18) passa de R$ 3,60 para R$ 4,10 na P1, em Pedro Canário (ES); de R$ 4,80 para R$ 5,50 na P2, em São Mateus (ES); de R$ 4,50 para R$ 5,20 na P3, em Aracruz (ES); de R$ 4,30 para 5,00 na P4, em Serra (ES); de R$ 4,50 para R$ 5,20 na P5, em Guarapari (ES); de R$ 3,80 para 4,40 na P6, em Itapemirim (ES); e de R$ 2,10 para R$ 2,40 na P7, em Mimoso do Sul (ES).
O objetivo da revisão tarifária consiste em manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado entre a ANTT e a concessionária, além de aplicar a recomposição tarifária, de acordo com a variação do IPCA do período, que neste caso é de 4,57%. A alteração foi calculada a partir da combinação de três itens previstos em contrato: reajuste, revisão e arredondamento.
Revisões e reajustes
A ANTT, por força de lei, realiza anualmente o reajuste e a revisão das tarifas de pedágio das rodovias federais concedidas. Essas alterações tarifárias são aplicadas no aniversário do início da cobrança de pedágio.
As alterações de tarifa da concessionária são calculadas a partir da combinação de três itens previstos em contrato:
Reajuste: tem por intuito a correção monetária dos valores da tarifa e leva em consideração a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.
Revisão: visa recompor o equilíbrio econômico-financeiro celebrado no contrato de concessão.
Nas revisões ordinárias, são feitas as compensações na tarifa de pedágio por descumprimentos ou postergação de cláusulas contratuais, caso existam. Neste caso, pode haver, inclusive, decréscimo na tarifa básica, caso a fiscalização da ANTT verifique que a concessionária deixou de cumprir alguma obrigação prevista para aquele ano. Assim como o reajuste, a revisão ordinária acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.
As revisões extraordinárias podem ocorrer a qualquer tempo e abrigam os fatores de desequilíbrios derivados da inclusão de novas obrigações, não previstas inicialmente no contrato, a exemplo de inclusão de novas obras ou do atendimento à Lei 13.103/2015 (Lei dos caminhoneiros), que aumentou a margem de tolerância do peso bruto por eixo de 5% para 10%, gerando um acréscimo nos custos de manutenção do pavimento.
Arredondamento tarifário: tem por finalidade facilitar a fluidez do tráfego nas praças de pedágio e prevê que as tarifas devem ser múltiplas de R$ 0,10. Os efeitos econômicos do arredondamento são sempre compensados no processo de revisão subsequente. Ou seja, se neste ano a tarifa foi arredondada para cima, no próximo, o arredondamento será decrescente.
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Concessão – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), criada em 2001, regula e fiscaliza a exploração de infraestrutura e prestação de serviços de transporte terrestre, inclusive contratos já celebrados antes da sua criação, resguardando os direitos das partes e o equilíbrio econômico-financeiro dos respectivos acordos.
Com 475,9 quilômetros de extensão, a BR-101/BA/ES foi concedida para iniciativa privada com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 17 de abril de 2013, pelo período de 25 anos. A licitação fez parte da 3ª etapa do programa de concessões rodoviárias.
Fonte:http://www.saomateusnews.com.br