Meus queridos leitores, muitas pessoas ao me encontrar perguntam, por que somos contra a permanência da praça de pedágio em Três Córregos? Uma boa pergunta que merece de todos uma reflexão, séria e justa, sem qualquer tipo de animosidade, apesar de durante todos esses anos, tenhamos sido tratados, como se fossemos uma casta abandonada, sem voz e vista, devendo pagar e calar. Não é bem assim que a banda toca. Passaremos a discorrer tudo que nós afeta e porque merecemos melhor tratamento e atenção das autoridades, se é que assim podemos chamar aos incompetentes administradores que apenas se voltam e olham para os seus umbigos e, cuidam só de seus interesses esconsos.
Apesar de todas as irregularidades por inúmeras vezes ditas e repetidas, sendo mesmo considerado NULO o Contrato de Concessão da Rodovia BR 116 pelo Ministério Público Federal, persistem as mesmas mazelas, desde o inicio da cobrança do pedágio. Vemos que as mesmas ilicitudes, pelo descumprimento do contrato se perpetuam, sem que a comunidade acuada tenha atendidas suas reivindicações.
Em princípio não somos contra a cobrança de pedágio, desde que seja justo o preço (vejam os valores vencedores ofertados no recente leilão) e estrategicamente colocado, obrigatoriamente: fora do perímetro urbano e na divisa de municípios. Livrando, com isso a administração pública da incumbência fora de suas obrigações como Estado. O que não podemos aceitar é essa imoralidade, devidamente acertada, por homúnculos ávidos de prosperar com o dinheiro público, sem se importar com uma comunidade ordeira, como é o nosso pacífico 2º Distrito de Teresópolis.
Esse mesmo 2º Distrito vê aos poucos, se afastarem as possibilidades de prosperar, pois ninguém em são consciência tem a coragem de investir em qualquer tipo de negócio, sabendo que terá pela frente uma praça de pedágio a lhe onerar os custos. Como foi dito pelo Procurador Dr. José Soares, “a manutenção dela (praça de cobrança de pedágio) persistirá causando, à sociedade teresopolitana, graves prejuízos materiais e morais, os primeiros pela transferência de renda para a concessionária e pelo aumento do Custo-Brasil na produção econômica do Município, e os segundos pelos graves transtornos decorrentes da imposição de separação (muro de Berlim?) entre as duas regiões de uma mesma comunidade urbana municipal.”
No 2º Distrito de Teresópolis existe uma total carência das mais comezinhas necessidades de sobrevivência de uma comunidade. Assim, abaixo passamos a citar as deficiências persistentes, por total desinteresse de investimentos privados, pois com a divisão do município pela praça de pedágio e conseqüente aumento dos custos, a aventura é pouco recomendada, e desta forma crescem as necessidades básicas, como: a instalação de uma agência bancária, colocação de um posto de correios, inauguração de um supermercado, abertura de um shopping com comércio variado (restaurante, butique, sapataria, papelaria, ótica e relojoaria, loja de roupas, farmácia, loja de jornais e revistas, cinema e teatro etc.), nessas reivindicações da comunidade já se fala e pede há mais de 8 anos.
Carece, ainda, a comunidade de serviços públicos que aqui podemos mencionar: Cartório de Notas e Registros de Imóveis, Escola Técnica Rural, Posto de Saúde (24 horas), Posto do Corpo de Bombeiro Militar, Posto de Delegacia Civil, Posto do INSS, Centro de Desportos e Laser, Sub Prefeitura e outros.
Deixamos para falar na desvalorização dos imóveis por último, pois acreditamos estar subentendido em tudo que escrevemos, e mais, quando não há desenvolvimento a localidade deixa de ser procurada e a expansão imobiliária é reprimida, criando um desinteresse e dando margem a especulação, obrigando a descer os preços das propriedades com o argumento que o pedágio jamais sairá de Três Córregos.
É por essas razões que somos contra a permanência da Praça de Pedágio de Três Córregos, e lutaremos até o dia em que iremos comemorar a délivrance deste estorvo ao desenvolvimento do 2º Distrito, segundo o Plano Diretor do Município única opção para o desenvolvimento de Teresópolis.
*JOSÉ RENATO GAMA DOS SANTOS brasileiro, optante por viver em Teresópolis, mas exigente e zeloso com o bem público coletivo.