RETROSPECTIVA: DEZ ANOS DE RESISTÊNCIA (1ª parte).
Meus queridos amigos leitores iniciamos hoje breve relato, dos acontecimentos nos últimos dez anos vividos pelos moradores de Teresópolis, com a implantação da Praça de Pedágio de Três Córregos, fruto da desastrada política neoliberal de desmonte do Estado, na vã tentativa de se desincumbirem os falsos administradores de suas responsabilidades e se locupletarem pelos acordos escusos, esquecendo totalmente das promessas de campanhas – do bem estar coletivo, tratando o povo como simples “detalhe”, como disse a Ministra Zélia Cardoso de Melo, do Governo de Fernando Collor de Melo, hoje de volta vestindo pele de cordeiro, escondendo as unhas que abriram feridas, com seqüelas sentidas até os dias presentes.
Na década de noventa a propósito de melhorar as condições dos serviços públicos, o Governo integrista instalado no país, resolveu liberar para exploração pela iniciativa privada, mediante concessão pública dos serviços de sua responsabilidade, como: energia elétrica, telefonia, transportes coletivos, estradas (rodovias, ferrovias e aquavias) etc.
Nunca se preocuparam com os escorchantes impostos pagos pelo contribuinte, impiedosamente tratados, deixando nas mãos sequiosa de lucros fáceis à administração do patrimônio público, edificado pela derrama dos impostos, levados aos cofres pelos recolhimentos das nossas obrigações, muito mal administradas desde sempre pelos condutores de nossos destinos.
Os meus amigos leitores se lembram com que sacrifício nossos avós e pais contribuíram na construção da nossa BR 116? Quantos deram os seus suores e sangues para ver o Município crescer, o progresso chegar com implemento do turismo, fonte de renda e emprego em nossa terra.
Lembram do entusiasmo que se falava na cidade da nova rodovia, as facilidades trazidas para o escoamento da produção agrícola nossa e dos nossos vizinhos de Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Além Paraíba e adjacências?
Com a imposição da cobrança do novo imposto (pedágio), diga-se de passagem, é o único imposto pago por nós, que a arrecadação só traz benefícios para àquele que a cobra, no caso presente à concessionária. Isto é apropriação de bem público para satisfação de poucos em detrimento de muitos.
Aqueles que traziam os recursos para os municípios, passaram a ser penalizados, restando aos exploradores no sentido explícito, os resultados fáceis para uma atividade de lucros significativos, com pouco emprego de mão de obra e menos ainda o que fazer, em termos de conservação ou manutenção, numa estrada feita com zelo e cuidado, nada restando à concessionária a não ser arrecadar.
Os moradores antigos são testemunhas da pequena reação dos usuários moradores ao saber da futura cobrança de pedágio, pelas mentiras pregadas pela concessionária na região, ao acenar com a concessão de “passe livre” aos moradores do município, que não teriam com o que se preocupar e sim se alegrar, pois a chegada do pedágio traria mais prosperidade a todos criando empregos e oportunidades. CARAS DE PAUS.
Repararam a trégua que demos a ANTT e a CRT na nossa coluna de hoje, se trata de estratégia, pois voltaremos à tona em breve com força total, cobrando a promessa feita em público, pelo Ouvidor da ANTT Dr. Nilo Moriconi Garcia, na Consulta Pública, realizada na nossa Cidade em 19 de março pp., que, em trinta dias traria a solução técnica para a transferência da Praça de cobrança do Km 71. AGUARDAMOS EM PRONTIDÃO, para que não haja surpresa, somos vacinados contra quase soluções, vide Audiência Pública de 26 de setembro de 2003. Aguardem semana que vem tem mais.
JOSÉ RENATO GAMA DOS SANTOS brasileiro, atento, lúcido, na expectativa de melhores ventos e boas soluções.