Parou por quê?


Por que parou? Durante o governo Requião, os pedageiros ficaram ainda mais ricos. Nos últimos sete anos, a cobrança não foi extinta, o preço não baixou e o valor das tarifas subiu de forma periódica. Hoje, a atividade das concessionárias está limitada ao recolhimento do dinheiro. Não há canteiros de obras, tampouco duplicações, muito menos abrandamento de curvas e melhorias nos acostamentos. Enfim, o Paraná continua a crescer, mas sua estrutura rodoviária está estabilizada. Só o que existe é o serviço de manutenção e, assim mesmo, de forma precária. Essa falta de ação das empresas implicará, num futuro não muito distante, em um estrangulamento da economia paranaense. A responsabilidade de fazer é inequívoca, mas os pedágios não adimplem com o que manda o contrato. A contraprestação prevista no acordo de concessão parou. Essa realidade não é lícita e nem justa. Receber dinheiro sem prestar adequadamente os serviços não tem o menor sentido e é abertamente um ato imoral.

Quem é o culpado?

A resposta para essa pergunta é extremamente simples: Roberto Requião. Na campanha de 2002, ele gritava com todas as forças dos pulmões sobre os pedágios: “Ou baixa, ou acaba”. Pois, com o correr do tempo, o volume de sua voz foi afinando até desaparecer. Há muito tempo não se fala mais no assunto. Sua excelência, insensível aos protestos da população e aos reclamos da “imprensa canalha”, ignora o tema e, o que é pior, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o órgão estadual responsável pela fiscalização, ensarilhou as armas.

A realidade

Por conta dessa situação, não há mais projetos, nem do Estado, nem das concessionárias. O empresariado não gasta um centavo com planejamento. Os recursos coletados nas cabines do pedágio vão diretamente para o bolso dos proprietários. Não é esse um exemplo de assalto legalizado?

Estranho

A obrigação do Estado é mandar fazer. Então, qual é a razão pela qual Requião não protesta e não toma providências contra isso? Não há um processo judicial pedindo o cumprimento da cláusula contratual que determina a realização de benfeitorias de porte nas estradas. Por que a tolerância com os concessionários? Por que o governador não determina que a Procuradoria Geral do Estado busque a obrigação de fazer? Por que o silêncio?

Questão central

Qual é a causa da falta de interesse do Roberto para esse assunto? Há motivos para tanto. Não precisamos de bola de cristal para descobrir a razão da inércia. De graça é que não é. A coluna está aberta para que ambas as partes se expliquem. Essa história dos pedágios é um escândalo.

Fonte: Coluna Et Cetera. O Estado do Paraná

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