A frase que dá título à coluna de hoje foi dita em Osasco, na grande São Paulo, neste final de semana, por ninguém menos do que o idolatrado presidente da República.
Em um discurso para sete mil pessoas, ele comparou o preço que os motoristas pagam para circular nas rodovias em que há pedágios estaduais com preço das tarifas nas estradas cuja concessão é federal.
E deu exemplos: para ir de São Paulo a Belo Horizonte por rodovia federal, num percurso de 590 quilômetros, o custo de viagem é de R$ 7,70, enquanto entre São Paulo e Ribeirão Preto, distantes apenas 300 quilômetros, o motorista terá que desembolsar R$ 43,00. Nessa toada, Lula estimulou o seu candidato ao governo paulista, Aloizio Mercadante (PT), a usar do assunto para atacar o adversário Geraldo Alckmin (PSDB).
Importante frisar que o cenário a que Luiz Inácio se refere é o de São Paulo, Estado onde estão as 10 melhores estradas pedagiadas do país. Imagine o que diria o presidente sobre o comportamento das concessionárias no Paraná. Que adjetivo ele usaria para analisar o preço cobrado aqui? É evidente que o qualificativo seria muito mais violento.
Curioso é que o grupo que compõe as exploradoras das estradas paulistas é o mesmo que opera em solo paranaense. Aqui também se arrecada muito e gasta-se quase nada. A opinião de Lula é a voz do povo.
A verdade
A omissão gritante do governo Requião, que dá margens a suspeitas, e o desinteresse do atual chefe do executivo permitiram que os empresários do setor se acomodassem e não realizassem as obras primordiais de infraestrutura, como duplicações, alargamentos de pistas, melhoria nas curvas e acostamentos. O preço elevado das tarifas, quando da sua fixação, foi justificado exatamente pela necessidade de um perfeito anel rodoviário circundando todo o território paranaense. Não foi o que aconteceu.
A matemática
A arrecadação de dinheiro do povo através dos postos de pedágio foi astronomicamente elevada e as despesas com o custo de manutenção foram ínfimas. A razão é uma só: não há obras. Ademais, os serviços de assistência ao usuário, tanto mecânica quanto médica, são precaríssimos, dependentes de contratos de terceirização.
Estranho
Até agora, os dois principais candidatos ao Palácio das Araucárias, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT), abordaram apenas superficialmente a questão. Difícil de entender. É por demais sabido que esse tema dá voto.
A inversão
Não há outra realidade ao se verificar o esquema montado senão uma distorção no princípio social: aqui, tira-se dinheiro da coletividade e entrega-se a um grupo de privilegiados.
O serviço prestado está muito aquém do que foi contratado. Ao novo governante, seja ele quem for, cabe exigir a contrapartida dos empreiteiros, na Justiça se for o caso, sob pena de rescisão. É algo muito diferente da falsidade do “Ou baixa, ou acaba”.
Fonte:O Estado do Paraná, coluna Et Cetera.
QUE FARÃO NOSSOS BANDIDATOS ?!
A segunda via com maior arrecadação fica no perímetro urbano do Rio. Única AVENIDA municipal entregue à iniciativa privada, a Avenida Carlos Lacerda-Linha Amarela teve uma receita de R$ 100,8 milhões no ano passado. Pela via passaram 93 mil veículos por dia em 2004, bem mais do que os 70 mil do primeiro ano de cobrança de pedágio, em 1998. Mesmo assim, o diretor de Engenharia de Operação da Lamsa, Ronaldo Vancellote, diz que a concessionária ainda trabalha no vermelho. Hoje em 2010 passam 450 mil veículos dia desses apenas 20% paga o pedágio LAMA.SA
Segundo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), o custo médio da restauração de rodovias é de R$ 400 mil por quilômetro. Por esse valor, estima o Dnit, é possível deixar uma estrada como nova e com vida útil de mais dez anos. As sete rodovias controladas por empresas particulares totalizam 960 quilômetros. Assim, a dupla restauração dessas estradas sairia por R$ 768 milhões. A arrecadação com pedágio nessas rodovias em 2004 corresponde ainda a quase um quinto de todo o orçamento (R$ 4,2 bilhões) do Ministério dos Transportes para este ano.
Segundo Vancellote, para construir a Linha Amarela foram gastos US$ 300 milhões (cerca de R$ 800 milhões), 52% da Lamsa e o restante da prefeitura. Além disso, a concessionária arcou com as obras de ligação das linhas Amarela e Vermelha (R$ 62 milhões), de 1999 a 2000, o que elevou o prazo de concessão de 14 para 25 anos. O subsecretário municipal de Transportes, Antônio Rato, explica que, por contrato, o tempo de recuperação do capital investido pela Lamsa é de 12 anos a partir do início da cobrança de pedágio (1998), ou seja, vai até 2010.
– OU TODOS PAGAMOS O PEDAGIO LAMA.SA OU NINGUEM PAGA!?
NA LINHA AMARELA – em face da indivisibilidade deste tributo, penalizam apenas 20% dos usuários desta “avenida” que pagam o pedágio, enquanto o restante 80%, ou seja, a maioria dos 400 mil usuários dia trafega absolutamente sem pagar nada, “de graça”, ou melhor, por conta e à custa da minoria, sendo servido de todos os direitos inerentes aos pagantes, criando enormes engarrafamentos diariamente. São usuários dos bairros que estão após a praça do pedágio em Água Santa sentido centro e vice versa, que vem até a ultima saída antes do bairro Água Santa para acessar os bairros periféricos. Nesse caso entendemos valer a máxima “ou todos pagam ou ninguém paga”!? E para isso a concessionária tem que colocar uma guarita de cobrança em cada entrada de acesso a Avenida o que baratearia o preço do pedágio ora pago pela minoria respeitando-se o principio de Isonomia.
– NÃO SE ILUDAM !!!
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DEM-OAS-PREVI/BB-INVEPAR fundaram a LAMSA em 06.12.1995 que num passe de mágica foi incluída na licitação em 09.12.1994 e ganhou a concessão (antes de existir para o fisco). Já em 1997 antes de completar o 1o. ano ampliam prazo de concessão de 10 pra 25 anos e recentemente tentam ampliar de 25 pra 45, tudo isso antes mesmo de expirar o prazo original da concessão, por força de termos aditivos, sob alegações duvidosas!? Gostaram tanto da parceria que fizeram com o MPERJ, DEM, ALERJ, que um novo pedágio a TransOlimpica será implantado na AVENIDA do Catonho ligação entre os bairros Barra/Deodoro/Aeroporto. Tudo isso envolvendo mais Fundos de pensão Estatais, Bancos Estrangeiros, vendas de Debentures, etc.
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http://sites.google.com/site/arrudafilialriocom/
BNDES
A OAS recebeu em 2009, por meio da Invepar , uma sociedade com a Previ, R$ 719,4 milhões da Petros e da Funcef. Com o recurso , comprou o Metrô Rio . ( F s P , 7.2.2010, p. A-4) .
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/campanha-eleitoral-a-presidencia-em-2010/47309/