Moradores de Fazenda Rio Grande e Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), não aguentam mais pagar pedágio para sair ou chegar às suas cidades.
Implantada no dia 22 de fevereiro passado, no quilômetro 134 da BR-116, a praça de pedágio só está trazendo dor de cabeça para os cerca de dez mil moradores que circulam de uma região para a outra.
Para tentar mudar essa situação, o Fórum Popular Contra o Pedágio e Lideranças da Região protocolou, na tarde de ontem, na sede da Procuradoria da República, em Curitiba, uma réplica à resposta da OHL sobre as irregularidades cometidas pela concessionária na região.
O documento apresentava ainda o pedido de isenção do pagamento de pedágio aos moradores das cidades e a construção de uma passarela para os pedestres. De acordo com a vereadora de Fazenda Rio Grande, Lirani Franco (PT), o pedágio está isolando várias comunidades.
Segundo ela, a praça bloqueou ainda o Caminho dos Tropeiros. “Eles fecharam totalmente o acesso. Isso é um total desrespeito com o município e seus moradores”, reforça Franco.
A construção da praça de pedágio naquele lugar também está prejudicando a economia de Mandirituba, destaca o presidente da câmara de vereadores do município, José Zoneti Pinheiro (DEM).
“Setenta por cento da economia do município é proveniente de atividade agrícola. Com a implantação do pedágio, os produtores tiveram seus gastos aumentados em, pelo menos, R$ 10,80 por dia, isso gera um grande prejuízo”, afirma.
“É uma aberração o pedágio como está hoje no Brasil. Essas cobranças nasceram com essa intenção: a bitributação. Pagamos impostos mais o pedágio para poder andar nas nossas rodovias. Queremos mudar isso no Brasil”, opina o coordenador nacional do Fórum Contra o Pedágio, Acir Mezzadri. Por meio de sua assessoria, a OHL Planalto Sul afirmou que só irá se pronunciar sobre o assunto quando for notificada pela Justiça.