Manifestantes protestarão contra aumento do pedágio nas rodovias Anchieta e Imigrantes, em SP

A Tribuna On-line

SÃO PAULO – Os principais sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) participarão nesta quinta-feira de atos e paralisações nas rodovias Anchieta e Imigrantes, em protesto ao aumento da tarifa dos pedágios estaduais, anunciada no último sábado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A partir desta data, na praça entre a capital e a Baixada Santista, o valor passa de R$ 17,80 para R$ 18,50.

Ações semelhantes deverão acontecer também nas principais rodovias do estado. Nesta terça-feira, a CUT irá definir quais serão as ações dos sindicatos da região no movimento.

Segundo a agência, o aumento para as concessões efetivadas entre 1998 e 2000 teve como base o Índice Geral dos Preços – Mercado (IGP-M). A malha dessa etapa totaliza 3.565 quilômetros de rodovia.

Na região de Indaiatuba, a 105 km de São Paulo, moradores criaram um movimento para debater os preços abusivos das tarifas cobradas nas principais rodovias estaduais. Com o apoio de entidades sociais e movimentos classistas, defendem, entre outros pontos, a revisão dos contratos.

Segundo o coordenador do movimento, José Matos, desde o início da privatização das rodovias de São Paulo, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas. Com isso, o estado arrecadou um montante de R$ 8,4 bilhões referente ao pagamento de outorga, uma espécie de aluguel que é pago pelas concessionárias ao governo paulista.

– O movimento reivindica a devolução do valor arrecadado na redução das tarifas cobradas pelo governo. Pedágio é tarifa, não é imposto. Não devemos pagar por um serviço que não utilizamos.

Matos cita a cobrança no trajeto entre Indaiatuba e Campinas para exemplificar as tarifas praticadas no estado.

– São 20 quilômetros de estrada, mas a cobrança é pelos 62 quilômetros disponíveis.

Com isso, ficou mais barato viajar para outro estado do que internamente. Cruzar de carro entre os 404 quilômetros entre São Paulo e Curitiba, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Trafegar de Santos a São Paulo custa mais do que o dobro.

Em 2000, o motorista que utilizava as rodovias Anchieta e Imigrantes pagava R$ 5,40 de pedágio. O aumento da tarifa de 2002 para 2003 foi um dos maiores praticados pelo governo. O motorista que pagava R$ 6,60 precisou desembolsar mais R$ 3,00 para cruzar de Santos a São Paulo.

Hoje, o estado de São Paulo possui mais pedágios do que todo o resto do Brasil. De acordo com informações da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, são 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do País.

Fonte: O Globo.

4 comentários em “Manifestantes protestarão contra aumento do pedágio nas rodovias Anchieta e Imigrantes, em SP”

  1. PEDAGIO – LEI DO MARCO ZERO
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    São Paulo – A liminar derrubada por Munhoz Soares foi concedida em Ação Popular que classificou o pedágio no trecho oeste do Rodoanel como "ilegal, imoral e abusiva". A decisão se baseou na Lei estadual 2.481, de 1953, que proíbe praças de pedágio a menos de 35 km do perímetro urbano, marco zero da capital.
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    A vigência é permanente e atual desta lei incontestada durante os ultimos 103 anos, assume características de Jurisprudencia no entanto 35Km atualmente é muito pouco em face da expansão das metropoles.
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    São Paulo – "Temos que acabar com o abuso dos pedágios. Um caminhão com seis eixos, por exemplo, que ande exclusivamente no Estado tem um gasto R$ 115 mil/ano de pedágio", disse o confirmou o sindicato dos transportadores.

  2. Porque não enchem um monte de caminhões com explosivos e não jogam contras as principais praças de pedágios que a merda do José Pedágio Serra concedeu???

  3. O exilio de José Serra no Chile não serviu para nada, afinal, o melhor modelo de pedágio do mundo está lá. Naquele pais paga-se o pedágio até o valor da obra, proposta na licitação, for alcançada, ou seja, quanto mair o fluxo de carro que passa nas praças de pedágios mais curta é a duração deles. Muitos contratos se encerram antes do prazo. Hoje o Chile, que teve uma invejável expanção na sua infraestrutura, é exemplo para o mundo todo. Já no Brasil as coisas são muitos diferêntes, um paraiso para as empresas, que faturam uma fortuna exorbitante, sendo mais interessante que abrir um banco aqui.

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