O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logísticas de Presidente Prudente e Região (Setcapp) prevê o repasse do aumento dos valores dos pedágios, que teve reajuste nesta segunda-feira (28), aos consumidores finais. Isso porque, de acordo com o presidente do sindicato, Antonio Carlos Fernandes, o setor não tem mais condições de custear esses aumentos.
As altas ocorrem em duas praças do Oeste Paulista. Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a cobrança no km 639, que fica em Caiuá, teve um aumento de 30,23% e passou de R$ 4,30 para R$ 5,60. Já no km 590,7, em Presidente Bernardes, a alta chegou a 19,04%, com o que a tarifa passou de R$ 6,30 para R$ 7,50.
A Artesp explica que, em razão da duplicação da Rodovia Raposo Tavares, conforme prevê o contrato de concessão, as praças de pedágio localizadas em Caiuá e Presidente Bernardes passarão a realizar a cobrança de tarifa de pista dupla considerando os trechos duplicados entre Álvares Machado e Presidente Epitácio.
Conforme Fernandes, mais uma vez as transportadoras recebem o reajuste como “uma apunhalada nas costas”. “Nada justifica esse aumento. Há trechos em que existem dois pedágios. Isso é um absurdo. O transporte não tem mais como absorver esses custos”, afirmou.
Ainda segundo ele, as alegações para aumentar as taxas não são condizentes com o estado em que as vias se encontram. “A princípio, o Governo Estadual afirmou que eram pistas simples, e que, com a duplicação, teriam que aumentar o valor. Porém, há muitos trechos esburacados, além dos locais em que ficam bloqueados ou interditados. Nestes casos, os usuários precisam transitar por uma apenas uma pista, ou seja, simples, e não recebem desconto algum. Isso não é justo”, ressaltou.
Outro ponto mencionado pelo presidente, é que o trajeto para muitas cidades da região não permitem uma rota alternativa, obrigando os motoristas a passarem pelos pedágios. “De Presidente Prudente até Presidente Epitácio, por exemplo, não existe outra estrada, ou seja, o usuário perde o seu direito de ir e vir e é obrigado a pagar esses valores absurdos”, alegou.
Aqueles que trabalham no setor do transporte, já estão preocupados com o reajuste previsto em 1º de junho de 2016, que é a alta anual estipulada em contrato. “A situação no Estado de São Paulo é complicada. São muitos aumentos, problemas nas estradas e quem acaba pagando por tudo isso, infelizmente, é o consumidor final. Além dos encargos nas contas, produtos e alimentos, ainda terão que arcar com os pedágios e fretes mais caros”, concluiu.
(Fonte: G1)