O pedágio e as explicações que faltam

Do Analista dos Planaltos:

A gloriosa Gazeta do Povo publicou uma longa matéria sobre os pedágios nas rodovias paranaenses.
Uma leitura atenta ao que diz o sr. João Chiminazzo Neto, presidente regional da Associação Brasileira
de Concessionárias de Rodovias (ABCR), fonte da matéria, permite levantar algumas dúvidas sobre o relato dos fatos e o que ele poderia responder. Aos considerandos:

1 – Diz a matéria: “As concessionárias de pedágio do Paraná operam com lucro desde o final de 2010,
quando a soma das despesas e investimentos foi menor do que a receita no período total da cessão das
rodovias”.
Muito bem. Então, desde 1997, quando os contratos foram assinados, as concessionárias operaram no prejuízo? Quatorze anos no vermelho!! Que coisa, não? Dá vontade de rir. Se for para chorar, mostrem os balanços de receita, despesas e investimentos.
2 – E contiinua o texto: “Em 14 anos de concessão, os investimentos em obras nas rodovias paranaenses somam, em valores não corrigidos pela inflação, R$ 2,65 bilhões, o equivalente ao que as empresas arrecadaram nos últimos anos”.
Também, muito bem. A ABCR deve aos contribuintes paranaenses pagadores ou não de pedágio a relação das obras realizadas, quanto custaram e quais foram as empreiteiras contratadas.

3 – Chiminazzo afirma que “não se chegou a um novo parâmetro porque o governo ainda não disse que obras novas quer concluir”. Os contratos de concessão foram assinados em 1997, Jaime Lerner e Roberto Requião mexeram neles, mas quais as obras previstas nos contratos originais, o que foi modificado e quais as obras previstas entre 1997/2011? E, afinal, quais as obras que o governo quer?

Se o sr. Chiminazzo não responder a essas perguntas, o sr. secretário de Infraestrutura, Pepe Richa,
tem a obrigação de encaminhá-las à ABCR e exigir as respostas. Sem elas e uma auditoria das contas da ABCR, que tipo de negociação está sendo realizada pelo governo do Estado com as concessionárias?

Fonte: Blog do Zé Beto

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