De fonte que ostenta no crachá um vistoso DAS chega a informação de que as seis concessionárias de rodovias já atenderam, há meses, o pedido do governador Beto Richa para que apresentassem propostas visando à redução das tarifas de pedágio e à retomada das obras de modernização da malha viária. Entretanto, diz a mesma fonte, o governo sequer teria opinado sobre as propostas porque não conta com corpo técnico capaz (ou suficiente) para conduzir os estudos, considerados de alta complexidade.
É também da mesma bem situada fonte (que, compreensivelmente, pede anonimato) a informação de que, em vista dessa dificuldade, o governo estaria pensando em contratar uma consultoria privada para realizar os estudos e sugerir eventuais contrapropostas.
Procurada, a Secretaria Estadual de Infra-Estrutura e Logística informou, por meio de sua assessoria de imprensa, desconhecer a existência de propostas das concessionárias e negou que – pelo menos no âmbito da própria pasta – estejam sendo cogitados serviços de uma consultoria externa com o fim de dar parecer a respeito de pedágio. “A única consultoria que temos, já contratada, é a de uma empresa que auxilia o DER a fiscalizar obras”, diz porta-voz da secretaria.
Apesar da negativa oficial, a mesma fonte, que assegurou que as concessionárias já apresentaram suas propostas de renegociação, acrescenta detalhes: elas estariam dispostas a retomar o programa de obras assinado em 1997 (governo Lerner), que previa, entre outras, a duplicação integral das BRs 277 (de Palmeira a Foz do Iguaçu) e 376 (de Ponta Grossa a Apucarana). Mais: apesar da antecipação dessas obras, adiadas mediante aditivos para realização pouco antes do final dos contratos, em 2022, as tarifas poderiam também ser reduzidas em índices consideráveis.
Tudo ótimo? Tudo certo? Não necessariamente, porque, em troca, as concessionárias exigem a prorrogação dos contratos atuais por mais alguns anos (15, talvez) como condição sine qua non para que concordem com quaisquer outras alterações contratuais. O governo estadual ainda não sabe – por não ter estudado as propostas – que resposta dará às concessionárias, apesar do prometido choque de gestão que, na campanha, prometeu.
A mesma fonte que revelou à coluna tais informações fez também algumas conjecturas: como a maior parte das rodovias pedagiadas no Paraná é federal, qualquer mudança precisará contar com a prévia anuência da União. E hoje, no entendimento da União, nenhuma mudança será aceita se não seguir o modelo de concessão implantado no governo Lula, cujas tarifas ficaram em média 50% mais baratas do que as vigentes no Paraná.
As conjecturas prosseguem: se a consultoria a ser (supostamente) contratada sugerir como única solução viável a prorrogação dos contratos, o governador Beto Richa estaria disposto, mesmo sabendo que a resposta seria negativa, a levar o assunto ao governo federal. Quando isso acontecer, na volta de Brasília mandaria preparar um jarro de água em que lavará as mãos para, em seguida, anunciar ter feito todo o esforço possível para baixar o pedágio, mas que Dilma Rousseff foi contra a fórmula.
Fonte: Gazeta do Povo/Coluna Celso Nascimento.
Ainda acho melhor acreditar em fada, duende, papai noel, e outros bichos.
Alguma coisa mais viável, como duplicação total, pedágio mais barato, neca neca neca.
De qualquer modo logo logo vamos ter novidades, boas para o povo, terrível para o governo(perdão desgoverno), terrível para as sanguessugas concessionárias.
No RIO GRANDE DO SUL já aconteceu…