Contrato que prevê redução na tarifa de pedágio a veículos de Mandaguari está em fase final de redação

Após quase 60 dias de negociações, o contrato que prevê redução na tarifa de pedágio a veículos emplacados em Mandaguari que decidirem trafegar pela praça de pedágio na divisa com Marialva e tarifa zero aos que optarem pela Estrada Terra Roxa está em fase final de redação.
Nos próximos dias, advogados da Viapar, do município e do movimento “Tarifa Zero” irão se reunir para acertar os últimos detalhes do acordo. Em contato com a reportagem, integrantes da iniciativa alegaram que a fase final demanda muito mais atenção e há diversos pormenores a se acertar, entre eles a responsabilidade de manutenção da Estrada Terra Roxa, algo que ainda deve ser definido nas próximas reuniões. Outro ponto a ser discutido é a comercialização dos cupons de desconto para moradores que não quiserem instalar o tag – dispositivo que faz a cobrança automática da tarifa ao se passar pela praça de pedágio. Estão sendo estudados pontos de venda, prazos de validade e condições de utilização.
Tensão
Ainda com a elaboração do contrato em andamento, a semana ficou marcada por alguns momentos de tensão entre concessionária e movimento. Na terça-feira (2), uma equipe da Viapar e outra da Sem Parar – empresa que trabalha com cobrança eletrônica da tarifa por meio do tag – se instalaram em uma sala do Paço Municipal com o objetivo de iniciar o cadastramento de veículos para instalação dos dispositivos. A intenção era antecipar o processo para evitar uma fila quando o contrato que reduz a tarifa entrasse em vigor.
Assim que ficou sabendo da movimentação, o “Tarifa Zero” emitiu uma nota pedindo para que os motoristas não efetuassem o cadastramento e entrou em contato com a concessionária para que os funcionários deixassem o local. Um dos integrantes da iniciativa popular, Alexandre Lauro Stroher, afirmou ao Jornal Agora que a decisão de dar início ao cadastramento foi precipitada e arbitrária por parte da Viapar. “Havíamos acordado antes de tudo que seria feito um levantamento de preços com todas as empresas que prestam o serviço de cobrança automática por meio do tag: Sem Parar, ConectCar, Auto Expresso e Move Mais. Queremos levar em conta preço de instalação, valor da mensalidade e outros, para poder oferecer aos moradores a opção mais barata, ao mesmo tempo em que se é dada a liberdade de cada um escolher a empresa que mais lhe agrada para prestar o serviço”, disse Stroher.
“Diante da atitude da Viapar nós recomendamos fortemente que ninguém fosse até o local e deixamos claro que o processo de cadastramento só deve ter início quando o contrato entrar em vigor ou de fato a opção mais vantajosa para os mandaguarienses tenha sido escolhida”, salientou.  Apesar dos momentos de tensão, a elaboração do contrato continuou ocorrendo normalmente.
Valores
Caso o acordo entre concessionária e município entre em vigor, automóveis de Mandaguari terão 80% de desconto ao trafegar pela praça de pedágio local – ou seja, o valor de R$ 8,20 cai para R$ 1,64. Caminhões, ônibus e motos emplacados no município terão desconto de 75%. As motos terão de pagar R$ 1 por questões operacionais, porém o reajuste anual da tarifa não será aplicado à categoria em 2017, o que significa que a tarifa fica congelada até dezembro de 2018. No caso de caminhões, o desconto de 75% é válido para aqueles com até três eixos. Os veículos acima desse número serão cadastrados pela Viapar para poderem receber desconto, e a redução não se aplica a frotistas.
Alternativamente, será instalada uma cancela na Estrada Terra Roxa que permitirá passagem apenas aos veículos de Mandaguari, tornando possível a existência da tarifa zero a quem decidir usar a rota alternativa ao pedágio. A cancela será colocada na via rural quando o acordo for sancionado.
Para que o contrato entre em vigor, ele deve ser aprovado em assembleia pública com os moradores de Mandaguari. A expectativa é de que os termos estejam disponíveis para apreciação pública ainda na primeira quinzena de maio.
*Matéria publicada na 207ª edição do Jornal Agora

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