Dorival Bartzike, da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos de Cascavel, concorda. “Acompanhamos desde o início a luta do governador Requião contra o pedágio como existe hoje no Paraná e temos certeza de que esse combate e os argumentos influenciaram a decisão do presidente Lula”.
Bartzike, que trabalhou como caminhoneiro autônomo por 35 anos rodando todo o país, elogia o trabalho de recuperação de estradas realizado pelo governo do Paraná e reforça a idéia de que os impostos pagos pela população são suficientes para mantê-las. “Muitas rodovias estaduais estão em condição superior às pedagiadas, apesar do alto faturamento das concessionárias”, diz.
O caminhoneiro conta que os autônomos são os que mais sofrem com as tarifas abusivas cobradas pelas concessionárias hoje no Paraná. “Sem tabela mínima de frete, o pedágio sai do que poderia ser o lucro do motorista. Muitos deixam de comer e investir no veículo. Segundo a ANTT, a frota de autônomos no Brasil tem idade média de 18 anos. “Dentro da cooperativa, os caminhões chega a 24 anos”, compara.