Prevista para começar na quinta-feira, a cobrança de pedágio em seis rodovias federais licitadas no ano passado foi adiada por tempo indeterminado.
Nos últimos seis meses, as concessionárias responsáveis mobilizaram centenas de trabalhadores, máquinas e caminhões para deixar as estradas em condições de arrecadação. Só faltou construir as praças de pedágio para fazer a cobrança.
A maioria está em estágio inicial de terraplenagem e, com sorte, ficará pronta em quatro meses. Outras ainda nem saíram do papel. Poucas foram concluídas. O motivo do atraso? Uma boa dose de burocracia por parte do Estado e dificuldades na obtenção das licenças ambientais e desapropriação dos terrenos para construir o pedágio.
Mas quem pensa que o atraso é um benefício para o usuário se engana. As concessionárias tendem a recorrer ao chamado reequilíbrio econômico-financeiro para transferir o prejuízo para o consumidor por meio da revisão da tarifa, que será cobrada com reajuste da inflação. Isso explica o jogo de empurra-empurra pelo atraso na construções dos pedágio. Se a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entender que a demora foi decorrente de problemas do governo, terá de revisar a tarifa. Caso contrário, as empresas vão arcar com o prejuízo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.