Causou enorme repercussão a coluna da última sexta-feira sobre o problema do pedágio no Paraná. O ponto principal é a falta de obras por parte das empresas que exploram as rodovias e o silêncio do governo que, estranhamente, não exige o cumprimento dos contratos. A associação das concessionárias apressou-se em enviar resposta rebatendo as afirmações feitas por este espaço, cujo resumo foi publicado na edição deste domingo. E o governo Requião? Não vai falar nada sobre o assunto? Vai ignorar as evidências, tanto quanto ignora os reclamos dos motoristas? O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) não vai explicar a sua omissão? Quais seriam as razões pelas quais a comissão tríplice formada por um representante do Executivo, dos concessionários e dos usuários foi desativada e há muito tempo não se reúne mais? Onde está o cidadão que fala em nome dos milhares de usuários das estradas? Não abre o bico? Tem medo do governador? A ET CETERA segue aberta para ampla discussão sobre o tema.
Lembrança
O secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, parece esquecer que o período Requião terminou. Será que ele não percebe que sua carreira sairá machucada se não souber explicar as razões de seu desinteresse por um assunto tão importante? Compreende-se que o governador em fim de mandato fuja de sua obrigação de falar. Será que Tizzot não se dá conta de que não terá um mandato para protegê-lo?
A dúvida
É evidente que a ausência de ação por parte do governo levanta uma enorme suspeita. “Há algo de podre no Reino de Canguiri”. Nada explica o fato de o Roberto, aquele que berra por coisas menores e insignificantes, tolerar a contrapartida insatisfatória dos pedageiros, sendo que está tudo previsto em contrato. A adaptação da frase de Shakespeare é necessária e precisa.
A lógica
O esperado é que todos os lados dessa história se manifestem a respeito e se possa esclarecer à opinião pública qual é a realidade hoje. O que se deseja com isso é que a estrutura rodoviária do Paraná cresça e acompanhe o ritmo de sua economia. A nossa missão é contribuir, o mínimo que seja, com o desenvolvimento do Estado e atender aos anseios da totalidade dos paranaenses.
Mudança
A frase batida do “Ou baixa, ou acaba” há tempos está em segundo plano. Prevalece agora o slogan “Pago, pago caro, mas quero obras e serviços”. O requianismo fecha os olhos com paciência e permissividade.
Fonte: Coluna Et Cetera. O Estado do Paraná.